José Antônio Félix, presidente da NET

A retomada das licenças de TV a cabo pela Anatel, prevista para ser aprovada em novembro, servirá para que a NET reforce sua posição na região Nordeste. A informação é do presidente da empresa, José Antônio Félix, que comentou nesta quarta-feira (27) os resultados obtidos pela companhia no terceiro trimestre. Ele disse que a estratégia para 2011 é continuar o crescimento da empresa que já soma mais de quatro milhões de assinantes de TV paga, 3,3 milhões de usuários de banda larga e mais de três milhões de linhas de telefonia fixa. “E apenas atuamos em 93 municípios”, disse.

Atualmente, a NET tem maior penetração nas regiões Sul e Sudeste. Enquanto que nas demais regiões há ainda muito espaço para crescimento, avalia o executivo.

Félix ressaltou que a NET apresentou alta de 16% em sua receita líquida em relação ao terceiro trimestre do ano passado, chegando a R$ 1,4 bilhão, apesar da forte concorrência atual do mercado de TV paga, com a entrada das teles no serviço oferecido via satélite. “Além da recuperação das vendas no trimestre, a companhia apresentou uma redução do churm (taxa de saída de assinantes), de 16% registrados no trimestre anterior para 14%, o que é um resultado extraordinário”, disse. “O aumento da concorrência não tem afetado os resultados da companhia”, frisou.

Queda no lucro

Sobre a queda do lucro líquido de 76% em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o diretor de Relações com Investidores da NET, Marcio Minoru, explicou que em 2009, o resultado foi inflado em função do descontingenciamento de R$ 124 milhões aprovisionados para o pagamento do PIS/Cofins e do crédito de Imposto de Renda resultante da incorporação de 54 subsidiárias. No caso do PIS/Cofins, a Justiça determinou que não era devido.

Félix também destacou a OPA realizada pela Embratel no mês passado, para compra das ações preferenciais da NET. Ele disse que a operação foi bem sucedida e que a operadora obteve 76% do total das ações, mas reafirmou que p controle da companhia continua com a Globo, uma vez que a legislação não permite o controle de empresas de TV a cabo por estrangeiros.