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Varejo do futuro promete tecnologia
   
     
 


27/10/2010

Varejo do futuro promete tecnologia
CDL Porto Alegre apresenta às associadas uma pesquisa que aponta as tendências do setor para os próximos anos

A CDL Porto Alegre, atenta às oportunidades do futuro no varejo, apresenta às associadas uma pesquisa que aponta as tendências do setor para os próximos anos. O estudo realizados pela MatériaPrima Pesquisa + Ação com exclusividade para a entidade mostrou que

os próximos anos serão intensos e trarão mudanças significativas para o setor. A pesquisa faz parte das comemorações da entidade pelos 50 anos de atuação, celebrados em agosto de 2010 e foi apresentada nesta terça-feira durante o Almoço do Varejo.

A primeira tendência apontada no estudo permite afirmar que algum processo do varejo, será virtual. Se a compra for realizada em ambiente físico, com a presença de produtos e vendedores, o pagamento não será feito em moeda de metal, papel ou plástico, mas sim através de um sinal digital enviado de telefone celular autorizando a movimentação de valores entre a conta do consumidor e a do varejista. Mas ainda há a possibilidade de a compra ser feita de forma totalmente virtual, não como hoje acontece, mas usufruindo da realidade aumentada, permitido ao consumidor “sentir” virtualmente seu objeto de compra.

A tecnologia ao alcance das mãos permitirá ver consumidores escaneando códigos de barras no interior da loja, olhando para os preços e fazendo comparativos para esse item instantaneamente, on-line, dirigindo-se aos vendedores para negociar a compra pelo menor preço e as melhores condições. Uma tendência é a implementação de RFIDs (etiquetas com microtransmissores de rádio). Analistas prevêem o surgimento de uma "internet de objetos", onde mercadorias de todos os tipos poderão ser monitoradas em escala global. As definições para a nova tecnologia já estão na enciclopédia livre wikipedia: os leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito efetua o pagamento através da autorização do celular.

A base da pesquisa é uma analise exploratória, qualitativa com dez entrevistas a especialistas no setor, incluindo varejistas, pesquisadores, consultores e representantes do setor público. Além destes dados, coletados em fontes primárias, foi feita uma extensiva coleta em dados secundários de forma a subsidiar as tendências macroambientais.

Poder do Consumidor


Consumidores estarão usando aplicativos móveis para comunicar o bom, o mau, o que gostaram e o que não gostaram sobre sua experiência de varejo em tempo real. Através de redes sociais como o Twitter, consumidores podem postar que uma loja tem uma boa promoção, acelerando suas vendas; outro cliente posta em seu blog sobre o serviço terrível que acabou de receber, fazendo que consumidores migrem para outras lojas ou centros comerciais.

Tendências de consumo

O mantra de tornar as lojas mais acolhedoras para as mulheres e assim atrair mais homens nunca será mais verdadeiro do que durante a próxima década. Será hora de olhar para uma feminização da sociedade e uma masculinização das compras. Preocupar-se com a idade dos consumidores também se faz necessário. Para Maurício Morgado, professor do Centro de Excelência em varejo da FGV, esta realidade acerca do envelhecimento da população também merece atenção por parte do varejo: “De acordo com o IBGE, em 2050 teremos 1 velho para cada criança, a pirâmide vai virar um quadrado”.

O público mais velho valoriza etiquetas maiores, produtos ao alcance das mãos, corredores mais largos, espaço para descanso, fácil acesso às áreas comuns, atendimento treinado. Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana.

Movimentos Demográficos

Dois aspectos foram os mais destacados pelos entrevistados no que se refere a mudanças de caráter demográfico em Porto Alegre: o envelhecimento da população e a expansão da Classe C. Dados do IBGE apontam que em 2050, 36% da população brasileira terá 55 anos ou mais. Até que este momento chegue, muito deverá ser feito no que tange a preparação da sociedade, das cidades e das empresas para atender a esse expressivo segmento de consumo. “Porto Alegre vai ter que cuidar do envelhecimento da população. Entender como se trata o idoso, ter estrutura para acomodá-lo e recebê-lo”, destaca Saiani.

Segundo dados coletados pela Revista Exame junto a FGV e IBGE, em 2003 a classe C representava 37% da população brasileira; em 2008 passou a 49% e, em 2014, projeta-se que 56% da população estarão nesta faixa de renda entre R$1.115,00 e R$4.808,00. Por trás desses números está uma enorme quantidade de consumidores que mudarão de classe econômica, migrando das classes D e E para um novo universo de consumo na classe C. Isto implica em mudanças de hábitos, com projeções médias de crescimento na ordem de 90% nos gastos com alimentação, vestuário, eletroeletrônicos, móveis, medicamentos e cuidados pessoais.

O cenário de desenvolvimento do Varejo de Porto Alegre depende do desenvolvimento da própria Porto Alegre e, neste sentido, diversos obstáculos ou dificuldades podem ser identificados. Mais do que isto, observa-se que a superação de eventuais barreiras não dependerá exclusivamente do lojista ou do empresário, mas de um conjunto de atores diretamente envolvidos no processo. Questões como segurança, acesso/deslocamento, urbanização e conscientização ambiental e social perpassam a esfera da atividade econômica do Varejo e se interligam com o governo, órgãos públicos, entidades e associações e com a própria comunidade.

A Copa de 2014 parece representar um cenário oportuno e inequívoco para que os diferentes atores possam se posicionar e passar a atuarem em conjunto de forma ainda mais integrada, não apenas pensando no horizonte de tempo de quatro anos, mas para as próximas décadas. Na opinião da maioria dos entrevistados, este será o principal impacto  da  realização  da  Copa  2014  em  Porto  Alegre:  a  possibilidade  de  serem realizadas ações, obras, mudanças que permitam à cidade se desenvolver de forma mais dinâmica e com melhor qualidade de vida, proporcionando melhores condições para o desenvolvimento do Varejo local.

Fonte: CDL
Autor: Sinara Oliveira da Silva
Revisão e edição: André Lacasi

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