ANA PAULA APRATO/JC
Brasil e Stefânia apresentaram o estudo sobre o futuro do varejo

Explorar canais na web que aproximem o ponto de venda dos consumidores não é mais uma opção, mas uma obrigação. Mais: as mídias sociais podem sim reduzir custos para promoções, o que é uma vantagem para pequenos e médios estabelecimentos. Alertas como estes foram dados ontem, no Almoço do Varejo, em Porto Alegre, por dois especialistas que mapearam tendências para próximas décadas no setor e advertiram: não adianta empurrar produtos aos clientes. Tem de entender como ele funciona para acertar na mercadoria e no serviço.

O especialista em marketing Vinícius Sittoni Brasil citou que a busca pelo comportamento superou o domínio dos chamados dados de base fixa - como renda, classe social ou faixa etária. "O consumidor hoje é dinâmico. O modelo antigo para inserir o estabelecimento não serve mais", avisou Brasil, no Almoço do Varejo, promoção da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Para a colega do especialista, Stefânia Ordovás de Almeida, o uso de ferramentas de relacionamento na internet é canal para conhecer os clientes e potenciais públicos. Brasil preveniu que a maior mudança na relação com o mercado é que a informação não é mais controlada pela empresa. "Tem de enfrentar esse ambiente e aprender a lidar com as novas demandas".

"Serve para avaliar comportamentos e se aproximar de consumidores mais engajados e que multiplica a informação", reforça Stefânia, desmistificando barreiras econômicas que poderiam restringir ação de pequenos e médios varejos. Os dois autores do estudo sobre o Futuro do Varejo recomendam que as empresas menores formem parcerias ou redes para desenvolver estratégias e ferramentas, além de montar equipes, para reduzir custos. Stefânia cita ainda que a repercussão da inserção na web, como os cada vez mais populares, sites de compras coletivas, mostra gastos menores no confronto com mídias tradicionais.