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Antônio Carlos Guimarães, presidente do Conselho Diretor da CropLife América Latina
   
     
 


03/10/2010

Antônio Carlos Guimarães, presidente do Conselho Diretor da CropLife América Latina
Trabalho da indústria de defensivos na demanda mundial de alimentos
Como a indústria de defensivos trabalha para responder a demanda mundial de alimentos?

Trabalhamos em vários espaços para produzir mais em um menor espaço de terra, aumentar a produtividade em meio às mudanças climáticas e suas consequências de secas, enchentes e novas pragas, reduzir a resistência de pragas, diminuir a marca ambiental da agricultura e garantir os recursos naturais para as futuras gerações. Os desafios são grandes, mas trabalhamos para superá-los. Estão em fase de testes, por exemplo, sementes resistentes a secas e enchentes, a fim de transformar as terras improdutivas em regiões aptas para a agricultura. Para superar os problemas de resistência de pragas, as companhias de pesquisa e desenvolvimento trabalham constantemente em novos defensivos agrícolas, que combinam eficácia com um bom perfil ambiental. Existe, a cada ano, um investimento de mais de 5 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento nessa área.

Há alguma preocupação por conta da quantidade de defensivos agrícolas usada no Brasil? Qual é a situação exatamente?

O Brasil é uma potência agrícola mundial, com um desenvolvimento extraordinário neste setor. Segundo a FAO, o país liderará o crescimento agrícola a nível mundial na próxima década. O campo tem crescido e se modernizado com o uso de ferramentas tecnológicas como sementes, defensivos agrícolas, máquinas e irrigação. Quanto à aplicação de defensivos, é necessário considerar o clima do Brasil: por ser predominantemente tropical - quente e úmido - os tipos de produtos e as aplicações são diferentes de outras regiões do mundo. O fato de outros agricultores brasileiros confiarem nos defensivos agrícolas indica que o país se prepara tecnologicamente para liderar a agricultura mundial. As cifras evidenciam o alto grau de competitividade do Brasil. Na colheita de 1 974/1975, o país cultivou em 46 milhões de hectares e colheu 48 milhões de toneladas; na colheita de 2009/2010, serão 143 milhões de toneladas, na mesma área de 36 anos atrás. O desenvolvimento científico requer da motivação que ofereçam os direitos de propriedade intelectual. Entretanto, é necessário que a América Latina tenha mais consciência sobre a importância de proteger este direito.  Atualmente, existem avanços em países como México e outros que começam a ver o tema, como a Guatemala.

No Brasil se recolhe 90% das embalagens vazias, o melhor índice mundial. Como esta experiência pode ser multiplicada em outros países?

O segredo está na responsabilidade compartilhada. Temos que somar compromissos. No Brasil, os agricultores, distribuidores, transportadores, autoridades, comerciantes e fabricantes de produtos trabalham com um objetivo em comum: o manejo responsável das embalagens vazias. Além disso, temos a forte liderança do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que executa o programa com bastante eficácia.

De que forma a indústria de defensivos agrícolas, representada pela CropLife América Latina, assume o tema da responsabilidade social?

Grandes exemplos são os programas CuidAgro e Campo Limpo, líderes na América Latina em capacitação sobre o uso responsável dos produtos e coleta de embalagens. Estes programas foram desenvolvidos em 18 países da região. Além disso, cada companhia tem programas de proteção ambiental, acompanhamento ao agricultor e fazemos grandes esforços para que os direitos de educação infantil em populações rurais sejam uma realidade.

Diante da Biotecnologia, o que você diria às pessoas que têm medo desta tecnologia e se opõem à sua regulamentação?

A agrobiotecnologia é uma ferramenta que se usa há 14 anos sem incidentes. Atualmente, existem 134 milhões de hectares em 25 países do mundo com cultivos biotecnológicos. É uma das tecnologias com mais rápida aceitação por parte dos agricultores, que sabem medir o custo-benefício de cada ferramenta que utilizam. Estes fatos evidenciam que é necessário priorizar a ciência e a experiência obtida nas discussões sobre a regulamentação da biotecnologia.

Quais são os avanços que a indústria da biotecnologia gerou na última década para ajudar os agricultores a produzir mais cultivos por hectare?

O avanço foi gerar ciência e conhecimento para superar os problemas de pragas que atacam as lavouras. Atualmente, pelo menos 48% das colheitas no mundo se protegem de ataques de pragas, ervas daninhas e doenças, graças ao uso de defensivos agrícolas. O Centro de Estudos da CropLife América Latina realizou um estudo sobre as principais inovações na América Central e região Andina. Pôde identificar 63 inovações nos últimos 10 anos, todas com o objetivo de melhorar a produtividade dos cultivos de arroz, cana-de-açúcar, banana, melão, soja, milho e hortaliças. Para dar um caso concreto, em cana-de-açúcar existe um pacote tecnológico que controla os insetos sugadores que, segundo o testemunho dos agricultores, melhora os rendimentos entre 5 e 10%. Outro caso in teressante é o de um fumegante utilizando o melão com um perfil ambiental que lhe deu diversos reconhecimentos mundiais.

Quanto pode custar, em tempo e dinheiro, o desenvolvimento de um novo defensivo agrícola para o campo?

É um processo que toma aproximadamente nove anos e tem duas etapas: a pesquisa e o desenvolvimento, em que participam cientistas de diferentes disciplinas. Realizam-se mais de 120 ensaios de segurança e eficácia para cada produto novo.  É um trabalho de alto risco, pois somente uma, de 140 mil moléculas, chega ao mercado. Tem um custo médio de 256 milhões de dólares, cifra que tem aumentado devido ao avanço e ao maior número de estudos que devem ser realizados.

Fonte: Andef
Autor: Imprensa
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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