Tornou-se mais comum para as famílias brasileiras a manutenção da telefonia celular em casa, em vez da fixa. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que 41,2% dos domicílios tinham apenas aparelhos móveis em 2009, proporção que, em 2004, era de 16,5%.
Conforme o estudo, situação inversa foi observada nos telefones fixos, cuja participação nos lares despencou de 17,5% para 5,8% no período em questão.
De maneira geral, o acesso ao telefone - seja fixo ou móvel - aumentou de 65,2% para 84,3%.
Diferenças regionais
Técnicos do IBGE explicaram, no documento de divulgação do estudo, que o acesso à telefonia cresceu fortemente, principalmente devido à telefonia celular.
Em 2009, uma parcela de 57,7% da população entre 10 anos ou mais declarou possui um aparelho móvel para uso pessoal – alta de 8,7% em relação a 2008.
Os usuários de celular para fins pessoais estavam mais concentrados no Centro-Oeste(68,5%), Sul (65,5%) e Sudeste (62,7%). Já no Norte (49%) e Nordeste (45,4%), menos da metade da população possuía celular para esse tipo de uso.
Por sua vez, a parcela dos que tinham telefone celular para o uso pessoal foi maior entre as pessoas de 20 a 39 anos de idade, ultrapassando 70%.
Acesso ao computador
Segundo a Pnad 2009, 35% dos domicílios ou 20,3 milhões possuíam microcomputador, e pouco mais de um quinto (27,4%), ou 16 milhões, microcomputador com acesso à internet.
O Sudeste é a região com maior número de aparelhos, concentrando quase 43,7% do total, além de ser a principal referência entre as regiões com o maior número de acesso à internet: 35,4%.
Em contrapartida, as regiões Norte, com 13,2% dos domicílios com computador, e Nordeste (14,4) registravam as menores marcas nacionais.
No ano passado, 67,9 milhões de pessoas com 10 ou mais anos afirmaram ter acessado à internet, aumento de 12 milhões (21,5%) frente a 2008.