Nos primeiros 15 dias de julho, o preço do álcool registrou aumento de 3,51%. Contudo, o fechamento do mês mostrou que o movimento de alta perdeu ritmo e, no sétimo mês do ano, o combustível ficou 1,52% mais caro, frente ao verificado em junho, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da alta no preço do álcool, a gasolina - cuja composição tem 25% de etanol - ainda registrou quedas nos preços, de 0,13% no período. De forma geral, no mês passado, os preços dos combustíveis ficaram praticamente estáveis, com leve queda de 0,02% no Brasil.
Das capitais analisadas pelo IBGE, Rio de Janeiro e Fortaleza registraram as maiores quedas de preços do litro do álcool, de 2,55% e de 1,85%. Entre as capitais que apresentaram aumento, o destaque ficou com São Paulo, onde o litro do combustível ficou 4,27% mais caro em julho.
Considerando os preços da gasolina, as maiores quedas ocorreram em Salvador (-0,76%) e Rio de Janeiro (-0,75%). Entre as altas, as mais intensas foram verificadas no Distrito Federal (0,66%) e Goiás (0,24%).
Quedas acumuladas
Considerando as variações dos últimos 12 meses terminados em julho, o preço do álcool está 5,63% mais caro e a gasolina pesa 1,03% a mais no bolso do motorista. Os combustíveis, no geral, ficaram 1,29% mais caros no período. Em contrapartida, o GNV registrou queda de 0,74%.
Quando analisado o acumulado dos sete primeiros meses de 2010, os combustíveis estão 2,10% mais baratos, estimulados pela redução de 13,35% no preço do litro do álcool e pela queda de 1,13% no preço da gasolina. No período, o GNV registrou queda de 0,17%.
No período, os destaques ficaram com Goiânia, Curitiba e São Paulo, que registraram quedas respectivas de 24,90%, 20,03% e de 16,62% nos preços do etanol. Recife e Salvador foram as únicas capitais onde o combustível encareceu, 1,82% e 4,02%, nesta ordem.
A capital goiana também registrou a maior queda no período no preço da gasolina, de 11,83%, seguida por Curitiba, onde o combustível ficou 6,22% mais em conta. Por outro lado, Salvador registrou a maior alta, de 7,55%.
Considerando os preços dos combustíveis de maneira geral, entre janeiro e julho, Goiânia mais uma vez apresentou a maior queda, de 12,46%, e Salvador a maior alta, de 7,46%, como mostra a tabela a seguir:
Inflação dos combustíveis
acumulada de janeiro a julho 2010 |
Capital |
Combustíveis |
Gasolina |
Álcool |
Rio de Janeiro |
-0,42% |
0,09% |
-7,18% |
Porto Alegre |
-1,69% |
-1,18% |
-12,68% |
Belo Horizonte |
-0,02% |
0,29% |
-3,18% |
Recife |
0,61% |
0,45% |
1,82% |
São Paulo |
-2,06% |
-0,07% |
-16,62% |
Distrito Federal |
-1,75% |
-1,59% |
-4,63% |
Belém |
-0,87% |
-0,28% |
-8,09% |
Fortaleza |
1,58% |
2,05% |
-6,54% |
Salvador |
7,46% |
7,55% |
4,02% |
Curitiba |
-7,30% |
-6,22% |
-20,03% |
Goiânia |
-12,46% |
-11,83% |
-24,90% |
Nacional |
-2,10% |
-1,13% |
-13,35% |
Fonte: IBGE